Batismo de Jasmyne: momento de amor e cuidado na assistência do Hias
27 de janeiro de 2025 - 15:11 #Cuidados paliativos #Humanização #Neonatologia
Assessoria de Comunicação do Hias
Texto: Levi Aguiar
Fotos: Arquivo pessoal
Pai e irmã encontram Jasmyne pela primeira vez em Capela do Hospital
Na última sexta-feira (24), a Capela do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) foi o cenário de um gesto de fé e amor: o batismo de Jasmyne, uma bebê de apenas 20 dias, que nasceu com uma má formação rara e grave.
Devido à gravidade do quadro clínico, Jasmyne passou a receber a atenção da equipe de Cuidados Paliativos do Hospital, com uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças graves ou incuráveis, focando no alívio do sofrimento e no conforto nos últimos dias de vida.
“Soube do diagnóstico de minha filha após um exame de ultrassom, e desde então, cada momento com ela se tornou ainda mais precioso. O batismo foi de extrema importância para nossa família. Sinto um amor profundo por minha filha e, embora saiba que sua vida será curta, sou imensamente grata pelos dias junto a ela”, afirmou Vanilda Figueiredo, 36 anos, agricultora de Milagres, interior do Ceará.
O batismo, realizado em resposta ao desejo da família, simbolizou uma celebração da vida, mesmo diante da finitude. “Durante a cerimônia, a chuva que parou exatamente no momento do batismo, sendo recebida pela equipe de saúde e pela família da bebê como uma benção, criando um ambiente ainda mais sereno e acolhedor”, comenta a coordenadora do Serviço Social da Unidade, Saionara Pereira.
A equipe médica que acompanha Jasmyne explicou que ela foi encaminhada de Barbalha a Fortaleza com o objetivo de avaliar a possibilidade de uma cirurgia. “No entanto, durante a avaliação, foi constatado que o caso não era passível de intervenção cirúrgica”, explica Amanda Sales, pediatra que acompanhou o caso da bebê.
Para atender ao desejo da mãe, o serviço de Neonatologia do Hias mobilizou apoio de representantes religiosos e contou com o auxílio da Secretaria da Saúde de Milagres, que organizou o transporte para que o pai e a irmã de Jasmyne, que moram no distrito rural de Milagres, estivessem presentes.
A psicóloga Larissa Magalhães destacou a atenção dada à família, incluindo a irmã de 11 anos, autista, que recebeu apoio especializado para entender a situação de maneira delicada. “No cuidado paliativo, buscamos equilibrar o apoio emocional contínuo com os desejos da família, proporcionando conforto, acolhimento e respeito”, explicou.
Família e equipe de saúde reunidos para o batismo religioso da bebê
“Na possibilidade de acontecer um desfecho desfavorável a continuidade da vida, nossa prioridade foi proporcionar conforto à família. Como o pai e a irmã não conheciam Jasmyne, conseguimos trazer os dois para Fortaleza, para que pudessem estar com ela neste momento”, detalhou Mayra Sales, assistente social do Hias.