Três anos de cuidado integral e humanizado: UCP do Hias celebra trajetória de afeto e atenção
26 de setembro de 2025 - 13:34 #Cuidados prolongados
Assessoria de Comunicação do Hias
Texto: Levi Aguiar
Fotos: arquivo pessoal
Profissionais da UCP, pacientes e familiares celebram os três anos da unidade, que se tornou referência em cuidados prolongados no Ceará
A Unidade de Cuidados Prolongados (UCP) do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) celebrou três anos de atuação com uma festa especial, na segunda-feira (22). O evento reuniu trabalhadores da unidade, membros da direção e coordenações, além de acompanhantes de pacientes, simbolizando a trajetória da UCP e a assistência prestada a crianças e adolescentes com condições crônicas complexas.
Registro da enfermeira do Hias, Roberta Kelly, na celebração dos três anos da UCP
Desde sua inauguração, a UCP tem promovendo atividades lúdicas, culturais e religiosas, como batizados, sessões de cinema, ensaios fotográficos e celebrações que resgatam autoestima e fortalecem vínculos familiares.
Celebração destacou o compromisso da UCP com a assistência para crianças e adolescentes com condições crônicas complexas
Para a coordenadora do serviço, Juliana Fontes, a Unidade funciona como uma ponte na vida dos pacientes e das famílias: “Cuidamos de crianças e adolescentes com condições crônicas complexas e em cuidados paliativos, proporcionando saúde, bem-estar e dignidade no viver e no morrer. Recebemos famílias sofridas, enlutadas e cheias de dúvidas e incertezas e, aos poucos, damos suporte para que se sintam mais seguras e empoderadas no cuidado. A UCP funciona com a ajuda de muitas mãos, e somente assim conseguimos alcançar nossos objetivos”.
Desospitalização
Ao longo desses três anos, a UCP também realiza um trabalho de desospitalização, que busca devolver às famílias a confiança e a autonomia necessárias para o cuidado em casa, garantindo a continuidade da assistência fora do ambiente hospitalar. Essa etapa, construída com orientação multiprofissional, permite que crianças e adolescentes retornem ao convívio familiar com segurança e qualidade de vida.
Um exemplo dessa trajetória é o de Léia Oliveira, mãe da Bella, que recebeu alta em julho deste ano e compartilha como a experiência na UCP transformou a realidade de toda a família: “o convívio diário com pessoas que viviam situações delicadas como a nossa me fez compreender que o cuidado vai muito além de medicação e procedimentos. O toque, a escuta atenta em momentos difíceis, uma palavra de conforto e de força, especialmente entre as mães, fizeram toda a diferença“.
Entre afetos e beleza, mães e crianças internadas no Hias participam de ensaio fotográfico promovido por voluntários e profissionais de saúde (Na foto: Léia e filhos)
“Aprendi que cuidados paliativos significam priorizar a qualidade de vida: não apenas tentar prolongar, mas garantir dignidade e conforto em cada fase. Sempre fui muito acolhida por todos, em especial pela equipe médica, fisioterapeutas e psicólogos, e sou imensamente grata pelos conhecimentos que adquiri com eles. Hoje, se consigo cuidar da Bella com segurança e propriedade, é graças a tudo o que aprendi no dia a dia da UCP”, conclui.